domingo, 30 de junho de 2013

Meu pai pescador

Não me lembro muito a figura de pescador em meu pai. As únicas lembranças dele na pescaria foram na pesca de siri em São Vicente, na praia de Itararé, onde ele possuía um apartamento.

Ele adquiriu este apartamento no ano de 1949, e eu tinha 4 anos, e íamos frequentemente nos finais de semana, nos feriados e naturalmente nas férias.

Nosso apartamento ficava em frente a praia, de manhã abríamos a janela da varanda e conforme o tempo e o estado do mar, íamos pescar o siri carregando o puçá. Atravessando a rua, existia trilho de bonde, com dormentes à mostra, com seixos, onde o pai apanhava algumas pedrinhas para servir como um peso amarrados no fundo do puçá.


Invariavelmente, pegava bastante os siris, e como eles gostavam de degustar este crustáceo que a mãe fazia um excelente cozido.

A outra ocasião foi quando fomos a Ilha Bela, em São Sebastião, e quando descemos do barco no trapiche ele avistou um cardume de sardinhas nadando, e na primeira ocasião arrumou um puçá, não sei de onde e foi ao trapiche.

Instantes após voltou correndo carregando o puçá, mostrando ofegante, um enorme polvo.

Dizia ele que como de costume, tentava pegar alguns siris e qual não foi a surpresa, sentiu um enorme peso e quando puxou deparou com um enorme molusco.

Pena que não aproveitamos para comermos, pois ninguém sabia preparar e quando cozinhou ficou igual a uma borracha.  

terça-feira, 18 de junho de 2013

    Aviãozinho de papel

   Estava eu outro dia, na sala assistindo televisão, quando entrou pela janela um objeto voando e pousou bem ao meu lado.
  Era um aviãozinho de papel que alguma criança lançou do andar superior do nosso edifício.
  Era um aviãozinho de dobradura simples, que faz voos em círculos.



  Me lembrei do tempo da infância, em que fazia vários modelos de aviõezinhos dobrados invariavelmente nas folhas arrancadas do caderno escolar.
  Disputávamos eu e meus primos nas criações de novos modelos, cada um com as características próprias de voo, ora reta, ora circular, ora subindo e descendo, etc.
  Me lembrei de um que aprendi fazer com 7 ou 8 nos, um mais elaborado com varias dobraduras, tentei e consegui reproduzi-lo. (após 60 anos!)
 
  
   Nota-se que existe até os trens de pouso e estabilizador vertical!