sábado, 13 de julho de 2013




A arte e o dentista

Trabalhei quase 40 anos como odontólogo. No meu tempo o profissional era denominado Cirurgião Dentista.
Sempre achei que a minha profissão tinha muito a ver com arte.
O profissional precisa ter a sensibilidade, a criatividade e muita habilidade, tanto que um bom odontólogo seria capaz de fazer bons desenhos, pintura a óleo, escultura e até na execução de instrumentos musicais.
Fui a vários congressos no Brasil, e em São Paulo no Anhembi, onde se realizava o evento, tinha uma sala especial onde os profissionais expunham as suas obras, tanto nos desenhos, pintura de tela em óleo e a escultura.
Felizmente desde a minha infância, gostava de desenhar e como meus pais eram dentistas, a minha mãe conta que me levava no carrinho de bebê ao consultório, pois não tinha com quem me deixar, e assim mais tarde já crescido, frequentava de vez em quando o consultório, e enquanto esperava por eles até a hora de voltarem para casa, ficava sentado à mesa, pegava uma folha de receituário e ficava desenhando. Quando eu achava que o desenho era satisfatório, pedia para meu pai deixar fixado na parede.
Creio que herdei esse dom de desenhar e pintar do meu avô materno. Ele era verdadeiro artista, desenhava, fazia pinturas a óleo, tocava violão e era tudo autodidata.
Na minha infância, quando morávamos em São Paulo, na sala do nosso apartamento tinha dois quadros de pintura a óleo, feitas por ele.


Nesta foto da década de 1950, vemos as duas telas, sendo que a do lado direito era uma vista da praia de Itararé em São Vicente onde tínhamos apartamento, onde se via uma pedra próxima à praia.
Sempre me lembrava dessa pedra, a “pedra da feiticeira”, e recentemente achei a foto já bastante danificada pelo tempo, resolvi ampliar no computador.
Scaneei e melhorei corrigindo a imagem, e fiquei surpreso ao observar que havia três imagens, o que nunca me recordava.


Era a imagem de um casal e de um filho menor em trajes de banho.
Melhorei a imagem, colori, e o resultado ficou assim.










Aqui assinei como Guassan II em homenagem ao meu avô, que assinava como Guassan.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Pesca de Corvina em Itaipú


Pesca de corvina em Itaipu


Quando viajamos para Foz do Iguaçu, pedimos no hotel para indicar um guia turístico.

Em poucos instantes, chegava o guia no seu Kombi, para nos levar nos locais de interesse turístico.

Já na ponte que liga a Ciudad del Leste, no Paraguai, uma zona franca, vendo aquele rio caudaloso, indaguei ao Carlos o guia, se aí era possível a pesca.

- Claro que sim! Tem bastante peixes como: dourados, surubins, corvinas, etc. e conheço bastante os pontos de pesca.

- Quer dizer que você além do guia turístico é também guia de pesca?

- Sim adoro pescar! Se você quiser podemos marcar uma pescaria. Sou sócio do iate clube local, tenho barco de alumínio com motor de popa, e conheço todos os buracos dos peixes.

Fiquei entusiasmado e marcamos para logo mais a noite. O Carlos tinha dito que a melhor pescaria seria a noite, quando pescava as corvinas em grande quantidade.

Logo ao anoitecer, saímos rumo ao iate clube. Lá chegando pegamos o barco dele no box, e colocamos no lago do Itaipu. Navegamos por alguns minutos e chegamos ao ponto onde ele havia indicado.

- Hi! Já tem gente no local! Disse ele apontando para um barco com três pescadores.

Chegando perto, o Carlos começou a conversar com eles, perguntando da produtividade. Disseram que tinha pego bastante peixe, quase enchendo o barco, e que logo iriam embora.

Enquanto aguardamos desocupar o local, começamos a pescar aí próximo, entretanto não obtivemos nenhum resultado. O material de pesca que o Carlos trouxe, consistia numa vara curta de bambu, com uma linha curta presa a uma chumbada e anzol pequenos, para pescar na meia-água.

Peguei a minha tralha e resolvi experimentar no fundo. Logo obtive uma puxada, enrolei rapidamente o molinete e vi aparecer um armal de uns 30 cm.


Enfim após a partida dos pescadores, amarramos o barco nas galhadas submersas e iniciamos a pescaria. O Carlos ligou uma lanterna  numa bateria veicular, e iluminou a superfície d’agua. Segundo ele, isto atraia os peixes.

Logo que colocamos a pequena isca de peixe, obtivemos excelente batida, que continuava sem tempo nem para comentarmos o resultado.

Era colocar a isca, puxar, tirar rapidamente o peixe, iscar, puxar, tirar... até ficarmos exaustos, com as mãos toda cortadas, pois estes peixe possuem pré-opérculos fortemente serrilhados,.mas continuávamos a pescar.

Até que numa certa hora, o barco estava tão cheio, as caixas de isopor não comportavam a quantidade, e mal tínhamos onde pisar no barco resolvemos por encerrar a pescaria.

Já passava de meia-noite, quando chegamos ao hotel, acordei a minha esposa, peguei a minha maquina de filmar, mas como tinha pouca iluminação a imagem não ficou boa, veja no vídeo abaixo.

Esta foi a pescaria que mais pegamos os peixes!