domingo, 18 de novembro de 2012

   
Em protesto contra prisão de brasileiro, mototaxistas bloqueiam pontes de acesso entre Acre e Bolívia


Mototaxistas brasileiros e bolivianos bloqueiam ponte de acesso do lado boliviano da fronteira com a cidade de Epitacolândia, no Acre

Um protesto de mototaxistas brasileiros e bolivianos tem causado o bloqueio das duas pontes que dão acesso à Bolívia, desde as cidades acreanas de Brasiléia e Epitaciolândia, e em Cobija (Bolívia).
O trânsito de carros e pedestres está completamente parado nos locais, desde a tarde desta quarta-feira (14), e registra, nesta noite, pelo menos um quilômetro de congestionamento.
A Força Nacional do Brasil --que faz o policiamento da fronteira-- foi acionada, e uma pessoa foi presa acusada de desacato policial.
O motivo da manifestação é a detenção, no último dia 23, de Eronildo da Silva Lopes, mototaxista brasileiro preso pela polícia boliviana com cerca de US$ 2 mil (R$ 4 mil) e suspeito de integrar organizações criminosas nessa região fronteiriça. O suspeito se encontra no presídio de Villa Busch, distante cerca de 9 km da cidade de Cobija.
No entanto, os manifestantes exigem a transferência do colega para o lado do Brasil, com o argumento de que, desse lado da fronteira, ele teria assistência de familiares e poderia responder à Justiça brasileira.
Nesta quarta-feira, o secretário de Segurança do Estado do Acre, Ildor Reni Graebner, alguns gestores públicos e policiais federais conversaram com os manifestantes, mas o encontro não resultou em nenhum acordo.
Os mototaxistas adiantaram que o movimento irá transcorrer por tempo indeterminado até as autoridades dos dois países
apresentem uma solução para o caso.

Prejuízo ao abastecimento de gasolina

A interdição brasileira resultou na escassez de gasolina no país vizinho. Os caminhões que abastecem as cidades bolivianas não conseguem cruzar as pontes binacionais para abastecer os postos de combustíveis. Revoltados, os mototaxistas na Bolívia aderiram ao protesto na tarde desta quarta-feira (14).
Moradores das duas nacionalidades que dependem da BR-364 para receber produtos e gêneros alimentícios a partir do Acre e Rondônia temem que, se a manifestação continuar, como afirmam os mototaxistas, haverá desabastecimento.

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