quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Recordações de Natal da minha infância

      

Recordações de Natal da minha infância

Nesta época de Natal, tudo nos remete de volta ao passado. Tenho várias recordações de Natais da minha infância. Eu ficava fascinado pelos brilhos das bolas de vidro multicoloridas das árvores de Natal, pela luminosidade dos pisca-piscas, enfim tudo nos conduzia ao espirito de alegria desta época. 
Lembro-me dos tempos da criança, em que ganhar um presente de Natal tinha que ser necessariamente um brinquedo.
Como menino gostava de ganhar carrinhos de brinquedo, tinha vários como um carro de fricção de bombeiro com sirene.

CHEVROLET DE LATA DO CORPO DE BOMBEIROS, FÁBRICADO PELA METALURGICA MATARAZZO, BRINQUEDOS METALMA.


Tinha também um caminhão americano de plástico para montar.

 Mas me lembro de um em particular que era um carrinho de corrida antiga de formula um metálica, com direção móvel através do volante, pneus de borracha removíveis, rodas removíveis através de um parafuso borboleta e kits de ferramentas. A corda era dada com uma miniatura de alavanca de partida.
    



 Cavalo Mobo Sebel -  Brinquedo antigo - Inglaterra   Produzido pela empresa D. SEBEL & CO, Erith, Kent, Inglaterra na década de 1940

No Natal dos meus cinco anos, ganhei este cavalo metálico em que podia andar pisando num estribo, as patas faziam os movimentos de frente para trás, com as rodas na ponta, eu gostava muito deste cavalo, mas quando mudamos de casa para um apartamento, tivemos que levar para casa de uma tia para ficar guardado no porão.





    






Tínhamos também vários brinquedos movidos à corda:
URSO
Este brinquedo tinha os movimentos bem engenhosos, dava três passos e parava, movimentava a cabeça para os lados, e depois continuava a andar.


Cavalo -
Este brinquedo tinha movimento simples, ficava saltitando com o movimentos circulares da cauda. Não gostávamos muito deste, e num dia fizemos um parque temático em miniatura, de um tribo na selva, com cercados rodeando as barracas dos nativos, e na hora de fazer a sala dos troféus procuramos por algum animal e, bem, este cavalinho foi sacrificado, com a cabeça cortada e pendurada na parede. (que horror!)

  A Rata e a Ratinha - Neste brinquedo a rata mãe levantava e abaixava a ratinha. (era da minha irmã)

    Televisex - Este aparelho era visualizador da imagens em 3D. Era um aparelho binocular, onde se colocava um disco com duplas imagens, e tinha se a sensação de profundidade. Lembro me dos discos americanos em que as cores eram bem intensas, como as da "Aventuras do Sam".
Poliopticon - Eu gostava muito deste conjunto óptico para montar. Consistia num estojo em que vinha acondicionado uma serie de lentes, tubos, bases, espelhos refletivos, bases e adaptadores, e podia se montar: binóculo, telescópio, microscópio, periscópio, lupa.
                                                                                              Manual do Poliopticon
 Cérebro Eletrônico (Cérebro Mágico)
Este brinquedo da década de 50, tinha mecanismo simples.
Consistia num tablado com vários pontos de contato, em que se sobrepunha um cartão perfurado, com várias perguntas de conhecimentos gerais como: curiosidades, história, geografia, ciências naturais, literatura, gramática, aritmética e esportes. Através de dois hastes com fios, tocava se nos pontos de contato de um lado as perguntas e de outro as respostas, e se era correto a luz acendia dentro de cabeça vermelha.


Banco Imobiliário - Este jogo consistia num tablado com nome das ruas de São Paulo e Rio de Janeiro.
É distribuído notas coloridas de vario valores, e escolher um carrinho de várias cores, e através de dois dados avançava as casas, e onde o carrinho parava verificava o nome da rua e através de um cartão conferia os preços de terreno, das casas (miniatura de cor  verde), e decidia quantas adquiria e pagava ao banqueiro previamente determinado entre os jogadores.
O comprador ficava com o cartão do terreno e verificava quando outro jogador parava no local.
O jogador que parasse no local teria que pagar o aluguel correspondente impresso no cartão, que variava conforme se existia casas e o número de casas.
O comprador que parasse novamente no local, e já tivesse 4 casas, poderia trocar por um hotel (miniatura em vermelho) e passaria a cobrar um aluguel mais caro.
Ainda existia os locais determinados:
Sorte - em que tinha os cartões com os dizeres: quantas casas avançavam, e quanto ganhava do banco.
Azar - tinha vários cartões com os imprevistos que tinham que ser pagos.
Prisão - quem parasse neste local era necessário ficar parado por uma volta.
É permitido a troca dos imóveis, a venda, e quando um jogador ficasse sem um imóvel ou dinheiro era decretado a falência e saia do jogo.
No final do tempo estipulado venceria aquele que possuísse mais imóveis e dinheiro.


Máquina à vapor
Quando ví este brinquedo numa vitrina de uma loja, fiquei fascinado. Era uma máquina movida à vapor, com ruídos realísticos. Pensei colocar entre as duas janelas que tinha no apartamento onde morávamos, em que coloquei um bondinho teleférico de papelão, e esta máquina serviria para reboca-lo.
Fiz todo o projeto com esquema e tudo, mas acabei não realizando essa intenção, pois os meus pais não concordaram em comprar, - Mas isto nem se movimenta. disse a minha mãe.


  Como não ganhei este presente, acabei realizando a movimentação do meu bondinho rebocado pelo meu trator movido à corda.
    


  Barquinho Pop-Pop

   Esse pequeno barco de brinquedo tem uma propulsão incrível.
   É uma máquina térmica, e como tal, tem seu rendimento preso pela 'camisa de força' do ciclo de Carnot.
   Nele há dois tubos de cobre que saem pela popa do barco, provenientes de uma pequena caldeira, fixados entre o centro do barco e a proa por uma braçadeira de lata.
   Quando a caldeira é aquecida por uma vela, o vapor que se forma obriga a água a sair pelos tubos, e o barco move-se para a frente.
   Quando se consome a água que estava na caldeira, o barco deveria parar, mas o que acontece é que os tubos aspiram mais água para dentro da caldeira, e o processo repete-se.
   E assim o barco segue seu caminho (há um pequeno leme na popa) até a extinção da vela.
   O barulho pop-pop é uma boa alegoria do sistema e é proveniente da oscilação brusca da lâmina flexível, também de cobre (ou de bronze fosforoso) com espessura ao redor do 0,2 mm, que reveste o topo da caldeira, nas fases de expulsão e aspiração da água. Essa lâmina é conhecida por 'diafragma'. 



   Galinha   Este brinquedo de galinha, era feito de plástico, e quando se apertava para baixo, colocava uma bolinha (ovo),que podia ser armazenado por baixo.
       

      TRENZINHO:

      Tive dois tipos de trenzinhos:
    1) Movido à corda, com locomotiva à vapor, e vagões  e trilhos.
    
     2) Movido à pilha:
     

     Este trenzinho vinha somente com a locomotiva e vagão para carregar o carvão de pedra e movimentava-se sobre um trilho de tubinho flexível e moldável.
        
       JEEP   
       Movido à pilha com rodas direcionáveis.

    VELOCÍPEDE DOIS IRMÃOS  
  Este velocípede tinha um banquinho de carona na trazeira, eu colocava a minha irmã para passearmos na calçada da nossa rua.
 
    CARRINHO À PEDAL
    Tenho uma vaga lembrança deste carrinho, foi bem antes do velocípede, só lembro que era vermelho.

Patinete
Este também é um brinquedo bem antigo, lembro-me que o meu primo gostava de descer a ladeira da nossa rua. Certa vez colocou uma lata de biscoito grande no estribo e me colocou sentado e fomos à ladeira. Ele não imaginava que com o maior peso de nós dois, a velocidade aumentaria e acabamos capotando, levando bons arranhões.



GAFANHOTO
    Esse brinquedo com mecanismo simples mas bastante engenhoso, consistia num corpo de plástico com pernas de arame com consistência de mola.
Tinha na parte inferior uma ventosa de borracha que se aderiam nas superfícies lisas, mas com a ação da mola, dava o salto em seguida imitando o salto do gafanhoto.
  
     RESTA UM
Jogo de tabuleiro em que movimenta os pinos, eliminando os como no jogo de dama, e o objetivo e deixar somente um pino no final.
PIANINHO
Este pianinho era da minha irmã. Lembro me que o meu primo só para enfezar-la tocava e se escondia.

COFRINHOS DE PORQUINHOS
Ganhamos estes cofrinhos de porquinhos, o meu era verde e da minha irmã era róseo.
Eram bastante carregados com moedas que ganhávamos semanalmente.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O Naufrágio

O naufrágio

Estava eu e meu companheiro de pescaria, acampados no camping, em frente a praia em Maceió-AL.
Era um lugar espetacular, um camping amplo, sombreado pelo imenso coqueiral, ventilação constante e aquele maravilhoso mar verde-azulado.
Descia-se pelos fundos do camping, diretamente para a praia, extensa com as ondas arrebentando somente na beira, e mais para o meio numa superfície calma e espelhada. Ao longe via-se vários barcos de pescadores apoitados.
Imagine o que a gente estava sentindo, ao ver aquele marzão, doidos para darmos o nosso pincho. Tínhamos levado o nosso barco, rebocado, com todos os apetrechos, pedimos informações e indicaram um funcionário que seria um aficionado de pesca.
Entusiasmado, ele contou ser aquele lugar, ótimo ponto para xaréus, robalos e até arabaianas.
-E as iscas?
-Ah as iscas, é só colocar uns anzoizinhos prateados, sem nada e ficar mexendo, que é sardinha na certa!
Mal o sujeito tinha terminado, saímos correndo em busca do barco.
-E aquela arrebentação?
-É só segurar o barco, ligar o motor, pular dentro e arrancar, disse o experiente pescador que nos acompanhou até a beira.
Barco pronto, tudo dentro, mandei meu companheiro segurar o barco, puxo o arranque, pulamos dentro, e lá vamos nós...e a onda implacável quebrou encima da gente.
-Tire a água rápido!
-O balde não veio!
Nisso vem a segunda onda, enchendo completamente o barco. Aí não teve mais como equilibrar e viramos para o lado.
Já dentro do mar, conseguimos segurar no casco virado. Com um sentimento misto de susto e raiva, disse para o meu amigo.
-É Roberto, perdemos todo o equipamento, acabou a nossa pescaria! (e mal tínhamos começado).
-Que nada! Disse ele, levantando o braço que estava dentro d’agua. Milagre! Ele segurava as nossas quatro varas montadas com molinetes e carretilhas!!!
O pessoal que estava na praia, veio nadando para nos ajudar. Içamos a ancora e fomos empurrando até a beira.
Perdi (somente) a caixa de pesca, com um molinete e várias iscas Rapala, jigs, anzóis, chumbadas, canivete suíço multiuso, balança para peixe, bóia luminosa, etc.etc...
No dia seguinte, levamos o motor que ficou submerso de cabeça para baixo, a uma oficina para fazer o reparo necessário.
O motor ficou ótimo e saímos agora para um canal mais seguro(?)  acabamos saindo além dos arrecifes (uma loucura!)
mas esta já é outra história....

 Conclusão
Com esta história tiramos um aprendizado:
1- Usar sempre que estiver embarcado, o colete salva-vidas.
2- Amarrar todos os pertences como o material de pesca, ao barco.
3- Cuidado com praias de tombo, em que as ondas quebram com violência, nestes casos é bom usar um barco inflável com o fundo rigido, que navega bem como um barco de aluminio. Não é atoa que no nordeste os pescadores artesanais usem jangadas, pois as ondas passam diretas pela superfície sem alagá-las.
    Meu barco de aluminio de 5 metros que levamos nesta viagem.
Barco inflável de fundo rígido.
   

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Pescando na ilha da Croa

    Pescando na ilha da Croa
   
    Um lugar que costumávamos pescar bastante, próximo a Belém, era a ilha fluvial de Mosqueiro.
      Distante 70 km da capital, a ilha oferece inúmeras praias, bastante frequentadas principalmente no mês de julho, considerado verão paraense, quando recebe milhares de veranistas.
       Meu amigo Joãozinho possue uma casa nesta ilha, e sempre que podíamos íamos às vezes com a família, e outras vezes só nós homens para pescarmos.
        Quem me apresentou o Joãozinho, foi outro amigo o Rocélio, este morador no mesmo conjunto do Luizinho.
        O Joãozinho possue uma loja de aquarismo, onde comercializa peixes ornamentais, tropicais e marinhos.
        Íamos bastante nós três para a casa de veraneio do Joãozinho para pescarmos.
        Logo no primeiro encontro na loja dele, onde fui levado pelo Rocélio, ele me perguntou onde eu costumava pescar, e respondi que era Salinas.
         - Salinas é bom mas é um pouco longe, eu tenho uma casa em Mosqueiro, podemos ir pescar lá.
         - Você tem barco lá? perguntei.
         - Meu irmão tem um veleiro pequeno, todo em fibra, só não tenho motor de popa, você tem?
         - Tenho um de 14 hp que uso no meu barco de alumínio.
         - Ótimo podemos colocar no barco do meu irmão e tentarmos pescar.
         Daí ele me contou que tem um pequeno bote de fibra e um motor de popa nacional, em que pescava nas beiradas. Ele me contou também que gostava de inventar novas coisas (professor Pardal),  e como pescava sozinho achou dificuldade na hora de colocar âncora, de fazer amarras, sentado na popa, e vendo passar as lanchas com comando na frente, tentou improvisar com fios amarrado no motor, e sentado na proa, ia puxando para direcionar o barco. Este invento até que funcionou relativamente bem, quando num dia numa manobra brusca, para desviar de uma onda, o fiozinho partiu e quase ia atropelando um banhista.
         Bem, assim num final de semana saímos nós três para pescarmos em Mosqueiro.
         O veleiro do irmão do Joãozinho, não tinha mais velas e era largo com bancos de fibra nos dois lados, assim para colocar o meu motor, foi preciso deslocar mais para o lado direito. Clocado o motor, até que andou, não com aquela velocidade do meu barco, mas deu para pescar nas beiradas.
         Até que um dia, ele ouviu de um pescador da ilha de que em frente ao Mosqueiro, atravessando a baía, já perto da ilha do Marajó, existe uma ilha com excelente pesqueiro.
         - Nós podemos levar ele, e conforme conversei com ele, sairemos na noite de sábado, chegado com a maré cheia, colocamos a rede grande na praia e ficamos pescando, e depois dormiremos na praia e de manhã quando acordarmos e a maré tiver abaixado, recolheremos os peixes da rede.
         - Ótimo, vou levar a barraca de camping, fazemos a fogueira e tomar cervejinha com peixe assado! falei entusiasmado.
         Assim escolhemos um final de semana em que a maré estava propícia, e partimos. O pescador que o Joãozinho trouxe, ia sentado com a lanterna de longo alcance ligado na bateria do carro do meu amigo, focando e indicando o caminho a seguir.
         Mas com a velocidade de tartaruga do barco, a travessia foi longa, demorou cerca de 2 horas.
          Do meio da baía podíamos avistar o piscar do farol que ficava nesta ilha em que os pescadores chamavam de "ilha da Croa".
         Com a maré cheia foi fácil chegar a praia, logo estendemos a nossa rede ao longo da praia.
          Tentamos pescar na beirada, mas obtivemos poucos resultados. Com a barraca montada, acendemos a fogueira, abrimos as cervejinhas, assamos uns peixinhos e sob um céu tão estrelado que nunca viámos na cidade, e passamos um bom tempo a contar nossos "causos".
          Na manhã seguinte, percebemos que a maré tinha abaixado, e fomos recolher os peixes da rede.
          Para nossa surpresa, a cada recolhida da rede, vinha peixes de bom tamanho: bagres, sardas, piramutabas, pescadas, camurins(robalos), e até um tambaqui enorme.
         Veja os peixes da pescaria:





            

segunda-feira, 19 de novembro de 2012




Presos na fronteira

Estivemos na semana passada no estado do Acre, mais precisamente em Rio Branco.

É a terra natal da minha esposa, e mesmo estarmos casados há 38 anos, nunca tinha visitado este estado. Meus cunhados que são numerosos, já tinham me convidado há muito tempo, entretanto eu alegava sempre que “É muito contramão” ou “Quando ficar mais perto eu irei (?)”

Até que finalmente neste mês de novembro, houve o casamento de uma sobrinha da esposa, e não sei se por eu estar mais idoso, decidi a me aventurar.

A primeira coisa que notei ao descer do avião foi o calor escaldante, mesmo para mim que estou acostumado pelo calor do Pará. Como todos os parentes estão bem empregados, parecem que não fazem muita diferença, pois só vivem no clima de montanha, tanto nas residências, nos trabalhos ou nos automóveis.

Após a cerimônia de casamento, e visitar todos os parentes, convidaram para conhecermos a cidade natal da minha esposa, a Brasiléia, já na fronteira com a cidade de Cobija na Bolívia.

Nesta cidade de Cobija, existe a zona franca com lojas de variadas mercadorias com preços mais em conta.

Partimos num dia bem cedo e ao chegar a Brasiléia, atravessamos a ponte que liga a Cobija, juntamente com minha cunhada e a filha dela.

Fizemos várias compras e perto do meio-dia, decidimos voltar, mas aí os vendedores da loja estavam comentando que haviam fechado a ponte.

Segundo o relato deles, um moto taxista brasileiro tinha sido preso por estar portando 2 mil dólares, produto de um ato criminoso, e os colegas dele tinha bloqueado a ponte do lado boliviano.

Fomos verificar e realmente o tumulto era bem grande, com tudo bloqueado e sem previsão de liberalização.

Fomos à delegacia de policía (em espanhol) pedir informações, mas a autoridade local foi irredutível e só fez nos aborrecermos mais, e na discussão acabamos presos, e conduzidos a uma cela.

- E agora como é que vamos livrar dessa? Estávamos a lamentar.

- É só mesmo o Evo Morales para livrar-nos...

- O que!?  É verdade!!! Nós temos ele!!! Disse eu aos gritos.

Lembrei-me que o marido da minha cunhada, tem uma aparência de um boliviano, e sempre tirava graça com ele falando –Hola Comandante ¿cómo estás?   

Falei para minha cunhada ligar para ele no celular, e vir fantasiado com aquelas vestimentas que utilizou no último carnaval.

Minha cunhada entendeu e logo ligou para ele.

Logo a seguir ouvimos um tumulto lá fora, e alguém estava gritando.

- No admita esa prisión, aflojar inmediatamente a estas personas, o cabezas rodarán!

- Sí mi comandante, sí!

Fomos soltos imediatamente e lá fora encontramos o meu cunhado todo paramentado com o traje do presidente boliviano, cheio de medalhas.


domingo, 18 de novembro de 2012

   
Em protesto contra prisão de brasileiro, mototaxistas bloqueiam pontes de acesso entre Acre e Bolívia


Mototaxistas brasileiros e bolivianos bloqueiam ponte de acesso do lado boliviano da fronteira com a cidade de Epitacolândia, no Acre

Um protesto de mototaxistas brasileiros e bolivianos tem causado o bloqueio das duas pontes que dão acesso à Bolívia, desde as cidades acreanas de Brasiléia e Epitaciolândia, e em Cobija (Bolívia).
O trânsito de carros e pedestres está completamente parado nos locais, desde a tarde desta quarta-feira (14), e registra, nesta noite, pelo menos um quilômetro de congestionamento.
A Força Nacional do Brasil --que faz o policiamento da fronteira-- foi acionada, e uma pessoa foi presa acusada de desacato policial.
O motivo da manifestação é a detenção, no último dia 23, de Eronildo da Silva Lopes, mototaxista brasileiro preso pela polícia boliviana com cerca de US$ 2 mil (R$ 4 mil) e suspeito de integrar organizações criminosas nessa região fronteiriça. O suspeito se encontra no presídio de Villa Busch, distante cerca de 9 km da cidade de Cobija.
No entanto, os manifestantes exigem a transferência do colega para o lado do Brasil, com o argumento de que, desse lado da fronteira, ele teria assistência de familiares e poderia responder à Justiça brasileira.
Nesta quarta-feira, o secretário de Segurança do Estado do Acre, Ildor Reni Graebner, alguns gestores públicos e policiais federais conversaram com os manifestantes, mas o encontro não resultou em nenhum acordo.
Os mototaxistas adiantaram que o movimento irá transcorrer por tempo indeterminado até as autoridades dos dois países
apresentem uma solução para o caso.

Prejuízo ao abastecimento de gasolina

A interdição brasileira resultou na escassez de gasolina no país vizinho. Os caminhões que abastecem as cidades bolivianas não conseguem cruzar as pontes binacionais para abastecer os postos de combustíveis. Revoltados, os mototaxistas na Bolívia aderiram ao protesto na tarde desta quarta-feira (14).
Moradores das duas nacionalidades que dependem da BR-364 para receber produtos e gêneros alimentícios a partir do Acre e Rondônia temem que, se a manifestação continuar, como afirmam os mototaxistas, haverá desabastecimento.

sábado, 17 de novembro de 2012

Veja este video sobre a cidade de Cobija na Bolivia, foronteira com a cidade de Brasileia no Acre.


Cobija - Bolivia

Bem vindos a Pando! O departamento mais novo da Bolívia, o estado faz fronteira com o Brasil e Peru. Sua curta história e da sua recente criação veio dos grupos étnicos que habitam regiões com pitorescas paisagens, ricas em flora e da fauna exótica. Cobija é uma das capitais novas do território boliviano. É também um muito quente, com temperaturas acima de 28 graus na maior parte do tempo Pando por ser um estado novo e em desenvolvimento é, um dos mais pobres da Bolívia. Ruas sem asfaltos! Saúde de péssima qualidade! Saneamento básico quase não existe. Falta água encanada,e coleta de lixo E para resolver esses problemas é preciso investir: A atual administração com o forte empenho do Governo departamental, fixou objetivos de dar prioridade ao desenvolvimento da região, com uma vantagem concreta para a população. É mais se tratando de um estado novo, ótimas oportunidades de negócio são oferecidas para as pessoas que aqui vem em busca de moradia, emprego e principalmente dinheiro.
Cobija é assim com suas casas, ruas, lojas e praças, com um formato rústico e misturado, palmeiras que dão um toque de calma e cidade Tropical relaxada, A gastronomia é interessante e diversificada, Com esse jeito humilde de ser, pando recebe de braços abertos você turista, e a cidade fazem um convite especial com direito à emoção, cultura e belíssimas paisagens que enche os nossos olhos de emoção. Vale apena conhecer.

Veja o video sobre a Cobija

domingo, 4 de novembro de 2012

Peixinho

Estava eu na caminhada matinal pela praça, quando avistei um menino sentado no banco, encurvado fazendo alguma coisa com as mãos.

Me aproximei e verifiquei que ele fazia com fios prateados e um alicate, uns objetos artesanais. Já tinha pronto sobre o banco, uma aranha com as pernas, e estava fazendo um objeto que segundo ele quando indagado, respondeu que seria uma balança com uma torre.

Fiquei maravilhado com a habilidade do menino, e pensei em pedir um objeto para mim.

- Você pode fazer um peixe para mim? Peguei a caneta e papel e fiz um esboço de um peixinho.

Com a afirmativa dele, e ter acertado o preço, que seria de cinco reais, disse para aprontar dai a uma hora, quando viria apanhar com o termino dos exercícios na academia.

Na hora acertada, o menino sorridente a entregar o peixinho.

- Ah, ainda fiz uma vara de pesca também!

Quando o objeto, fiquei decepcionado, pensei em encontrar um peixinho com escamas, todo caprichado como a aranha que tinha visto, entretanto não passava de um simples contorno, tal qual um desenho de criança.

Veja aqui como ele fez.
E aqui como eu queria com escama e tudo!
(o que refiz)
 
 
O menino e o peixe
Nunca mais vi aquele menino que tinha feito o peixinho com araminho.
Alias, nunca tinha visto antes daquela data, pois faz uns três anos que faço as caminhadas matinais naquela praça.
Na ultima vez que o vi, quando fez o peixinho, até indaguei se ele estaria sempre ai, e ele afirmou positivamente.
Embora tivesse ficado decepcionado com a obra, pois não sairá como havia previsto, gostaria de revê-lo para pedir para confeccionar outras peças.
Fiquei até a pensar na saúde dele, pois apresentara uma compressão física franzina.
Outro dia estava pensando nestes detalhes do menino artesão, e dando voltas na mesma praça, perto de um laguinho com fontes, vi alguma coisa brilhar dentro da água.
Aproximei e verifiquei que o objeto era exatamente aquele que o menino tinha feito um peixinho prateado de arame!
Mas como? Tinha-se desmanchado para fazer outro peixinho a meu modo!
Assustado estava fitando no espelho d´agua, quando reparei que alguma coisa estava refletindo por trás.
Virei-me e encontrei uma pequena estátua de um menino com um peixe na mão!
Reparei que a feição do menino era exatamente a do pequeno artesão!
Assustado fiquei olhando e admirando a figura de mármore, e pouco a pouco, ia compreendendo o que ele queria transmitir.
- Olha vá pescar de novo, você está depressivo após a sua cirurgia, volte a desfrutar as coisas belas da vida, convide os seus velhos amigos, e vá curtir a vida!
Parecia ouvir estas palavras desta estátua do menino pescador...