terça-feira, 22 de outubro de 2013

  
Periquitos do Can encantam vizinhos da Basílica de Nazaré

Moradores param atividades para assistir as revoadas dos pássaros, que chegam a 6 mil no entorno da Praça Santuário.

    As samaumeiras do Centro Arquitetônico de Nazaré (CAN) são conhecidas pelo seu tamanho imponente e pelos anos de história enraizadas na praça Santuário. Mas as árvores se tornaram, além disso, o abrigo de muitos pequenos pássaros, chamados de asa branca, mas conhecidos carinhosamente como os periquitos do CAN.

    Apesar do barulho, os vizinhos da praça já se apegaram aos periquitos. A dona de casa Graça Reis é uma delas, e conta que, inclusive, são os moradores que ela mais gosta da redondeza. “São vizinhos mandados por Deus, mandados por Nossa Senhora. Porque se não fossem mandados por ela não estavam tão pertinho dela. Ela deve ficar muito feliz quando eles passam. Eles cantam para ela”.
    Dona Graça confessa que, às vezes, é preciso fechar as janelas para diminuir o barulho que os passarinhos fazem, mas, com tanto tempo de convivência, ela revela que a relação entre eles já é bem respeitosa."Na quarta feira passada teve novena aqui em casa. Foram duas horas de novena e eles não fizeram nenhum barulho, se comportaram!", brinca.

    Estima-se que os periquitos em torno do CAN existam há pelo menos 50 anos. Uma das samaumeiras abriga mais de 2 mil dos passarinhos. Eles vivem em grupos de famílias com pai, mãe, filhos, se comunicam pelo som e tem uma rotina regrada. A árvore é usada apenas como dormitório. Maria Luísa Reis, ornitóloga especialista em árvores, conta que eles passam o dia se alimentando de árvores como mangueiras, jambeiros.

    Com o final da tarde chegando, eles se aproximam em vários grupos e ficam voando de um lado para o outro, em uma coreografia tão rápida que é até difícil de acompanhar, seguidas por um barulho inconfundível.

    Os periquitos medem cerca de 20 centímetros e se caracterizam pela plumagem verde e a borda das asas amarelas. Só que a parte de dentro das asas é branca, por isso são chamados de periquitos de asa branca.

    No entorno do CAN existem mais de 6 mil periquitos. Toda essa "magia barulhenta" encanta dona Mízar Bonna há mais de sete décadas, quando uma tia dela falava da alegria dos pássaros. “Quando eles cantavam muito era sinal de boas vendas. Quando cantavam pouco, significava poucas vendas”, revela a estilista sobre as superstições daquela época.

    E essa relação de dona Mízar com os pássaros é tão grande, que ela resolveu colocar esse símbolo no manto do Círio de 2010. “Os pássaros representam as pessoas no Círio”.

    Às vezes, eles migram de árvore, mas sempre estão perto do CAN. Esta semana, eles resolveram ir para a samaumeira que fica no parque de diversões do Arraial de Nazaré. Se o apelido deles é asa branca, para quem se acostumou a ouvi-los, são os queridos periquitos do CAN. E se as samaumeiras são as testemunhas silenciosas do Círio, os periquitos certamente são as testemunhas mais barulhentas do segundo domingo de outubro.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

As cidades de Alagoas

Conheça outras cidades e praias de Alagoas nos vídeos abaixo.





quinta-feira, 26 de setembro de 2013

   Viagem à Maceió - setembro de 2013

      Fizemos esta viagem no dia 14/09/2013.
    Foi uma viagem longa de 7:37hs, cheias de escalas. Saímos às 04:10 hs de Belém - Fortaleza, Fortaleza - Recife, Recife-Salvador e Salvador - Maceió, chegando por volta das 11:47 hs.
    Hospedamos no Meridional hotel em Pajuçara.


Suíte  Premium
Localizadas do 1º ao 9º andar, são apartamentos de 40m², com vista lateral mar, cama king size e sofá cama. Oferecem TV LCD 32´ que giram 360º, canais a cabo, ar condicionado split, telefone, cofre eletrônico(gratuíto), frigobar, secador de cabelo e espelho com lente de aumento. Mesa oficce, 02 puffs, poltrona ghost, cortinas com black-out e internet wi-fi.(gratuíto)



   Neste vídeo abaixo, podemos ver sobre o hotel, passeio de bicicleta pela ciclovia, com bicicletas e triciclos alugados na "Pedala Maceió", uma empresa que tem estações em Pajuçara e Jatiúca, passeio às 9 ilhas na laguna de Mundaú com imagens da ilhota de Carlito, e feirinha de artesanato de Pajuçara.






    Curiosidades sobre as Nove Ilhas e o encontro da Lagoa Mundaú com o mar 

    A dez minutos do centro de Maceió, o roteiro turístico das Nove Ilhas tem como atração o encontro da Lagoa Mundaú com o mar. O passeio por esta natureza selvagem pode ser feito de saveiro – a área preservada não atraca embarcações maiores. É um paraíso protegido pela vegetação nativa.

    Um dos pontos de embarque fica no píer da Ilha da Fantasia, em frente a um restaurante com pratos típicos, perto da Ponte Governador Divaldo Suruagy (liga os municípios de Maceió e Marechal Deodoro).

    A culinária se dá graças aos pescadores que buscam caranguejo, sururu, massunim e taioba que vivem na lama do fundo da lagoa.

    O próprio roteiro turístico pelos canais é feito em meio a uma grande variedade de peixes, crustáceos e moluscos, além do vasto manguezal.

    Este arquipélago fluviomarinho (relativo a rio e a mar, simultaneamente) foi formado por sedimentos deixados ao longo do tempo pelos rios Mundaú e Paraíba do Meio. Em tupi-guarani, Maceió significa “o que tapa o alagadiço“.

    Em outras palavras, a partir da ação da natureza, as ilhas acabaram fechando a foz do Rio Mundaú, fazendo com que as águas se acumulassem formando todo o complexo estuarino (ambiente aquático transicional) Mundaú-Manguaba.

    Na maior parte das nove ilhas não vive ninguém, mas o nome de cada uma delas desvenda um pouco das suas histórias peculiares.

    Oito ficam em Maceió, enquanto a de Santa Rita pertence ao município de Marechal Deodoro. Maior ilha lacustre do Brasil, com 12 km², é uma área de preservação ambiental, com ricas fauna e flora, e formada pelos povoados de Santa Rita, Siriba, Jacaré e Barra Nova.
    A Ilha do Irineu, hoje chamada de Ilha do Carlito, possui banheiros, bares, restaurante e piscina para receber visitantes. O seu nome é em homenagem ao pescador trígamo Irineu.

    Outra curiosidade é sobre a Ilha de um Coqueiro Só, que foi praticamente toda devastada durante uma enchente em 1989, quando apenas um coqueiro sobreviveu na região. 
    A Ilha das Andorinhas, devido ao fluxo migratório na região dessas aves anualmente, conta com vários ninhos, especialmente, no verão.

    A Ilha do Fogo recebeu esse nome porque no local havia um alambique de pinga, que foi à falência motivado pelo grande consumo do produto pelos próprios funcionários.

    A Ilha de Bora Bora ganhou esse nome pela pronúncia do povo da região que encurtava a palavra “embora” para “bora”, em resposta ao convite para visitar a ilha.

    Enquanto a Ilha de Santa Marta homenageia a personagem bíblica Marta (irmã de Maria e Lázaro)
    A Ilha do Almirante lembra um Almirante da Marinha que ali viveu até falecer.

    Outra ilha, na qual um fazendeiro interrompeu a criação de cabras por causa do impacto prejudicial do rebanho ao meio ambiente, foi batizada de Ilha das Cabras.

    Fizemos este passeio através do "Mar Azul Turismo", incluso no pacote o almoço, passeio de escuna "XODÓ",
banho de mar numa praia já proxima ao mar e parada na ilhota (pequena, mas coisa de cinema) denominada ilha do Carlito, onde existe um restaurante e uma grande piscina.



Acima o complexo da ilhota do Carlito, o restaurante e a piscina.
Site da Ilha Carlito: http://ilhacarlito.com/site/
Site do "Mar Azul Turismo"
http://www.passeiodas9ilhas.com.br/


Veja este passeio na escuna XODÓ, com os simpáticos guias: JC e JACKSON (sem pandeiro) no video abaixo.









Esta é a pulseira colocada nos participantes desta excursão, quando embarcamos na escuna.

sábado, 13 de julho de 2013




A arte e o dentista

Trabalhei quase 40 anos como odontólogo. No meu tempo o profissional era denominado Cirurgião Dentista.
Sempre achei que a minha profissão tinha muito a ver com arte.
O profissional precisa ter a sensibilidade, a criatividade e muita habilidade, tanto que um bom odontólogo seria capaz de fazer bons desenhos, pintura a óleo, escultura e até na execução de instrumentos musicais.
Fui a vários congressos no Brasil, e em São Paulo no Anhembi, onde se realizava o evento, tinha uma sala especial onde os profissionais expunham as suas obras, tanto nos desenhos, pintura de tela em óleo e a escultura.
Felizmente desde a minha infância, gostava de desenhar e como meus pais eram dentistas, a minha mãe conta que me levava no carrinho de bebê ao consultório, pois não tinha com quem me deixar, e assim mais tarde já crescido, frequentava de vez em quando o consultório, e enquanto esperava por eles até a hora de voltarem para casa, ficava sentado à mesa, pegava uma folha de receituário e ficava desenhando. Quando eu achava que o desenho era satisfatório, pedia para meu pai deixar fixado na parede.
Creio que herdei esse dom de desenhar e pintar do meu avô materno. Ele era verdadeiro artista, desenhava, fazia pinturas a óleo, tocava violão e era tudo autodidata.
Na minha infância, quando morávamos em São Paulo, na sala do nosso apartamento tinha dois quadros de pintura a óleo, feitas por ele.


Nesta foto da década de 1950, vemos as duas telas, sendo que a do lado direito era uma vista da praia de Itararé em São Vicente onde tínhamos apartamento, onde se via uma pedra próxima à praia.
Sempre me lembrava dessa pedra, a “pedra da feiticeira”, e recentemente achei a foto já bastante danificada pelo tempo, resolvi ampliar no computador.
Scaneei e melhorei corrigindo a imagem, e fiquei surpreso ao observar que havia três imagens, o que nunca me recordava.


Era a imagem de um casal e de um filho menor em trajes de banho.
Melhorei a imagem, colori, e o resultado ficou assim.










Aqui assinei como Guassan II em homenagem ao meu avô, que assinava como Guassan.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Pesca de Corvina em Itaipú


Pesca de corvina em Itaipu


Quando viajamos para Foz do Iguaçu, pedimos no hotel para indicar um guia turístico.

Em poucos instantes, chegava o guia no seu Kombi, para nos levar nos locais de interesse turístico.

Já na ponte que liga a Ciudad del Leste, no Paraguai, uma zona franca, vendo aquele rio caudaloso, indaguei ao Carlos o guia, se aí era possível a pesca.

- Claro que sim! Tem bastante peixes como: dourados, surubins, corvinas, etc. e conheço bastante os pontos de pesca.

- Quer dizer que você além do guia turístico é também guia de pesca?

- Sim adoro pescar! Se você quiser podemos marcar uma pescaria. Sou sócio do iate clube local, tenho barco de alumínio com motor de popa, e conheço todos os buracos dos peixes.

Fiquei entusiasmado e marcamos para logo mais a noite. O Carlos tinha dito que a melhor pescaria seria a noite, quando pescava as corvinas em grande quantidade.

Logo ao anoitecer, saímos rumo ao iate clube. Lá chegando pegamos o barco dele no box, e colocamos no lago do Itaipu. Navegamos por alguns minutos e chegamos ao ponto onde ele havia indicado.

- Hi! Já tem gente no local! Disse ele apontando para um barco com três pescadores.

Chegando perto, o Carlos começou a conversar com eles, perguntando da produtividade. Disseram que tinha pego bastante peixe, quase enchendo o barco, e que logo iriam embora.

Enquanto aguardamos desocupar o local, começamos a pescar aí próximo, entretanto não obtivemos nenhum resultado. O material de pesca que o Carlos trouxe, consistia numa vara curta de bambu, com uma linha curta presa a uma chumbada e anzol pequenos, para pescar na meia-água.

Peguei a minha tralha e resolvi experimentar no fundo. Logo obtive uma puxada, enrolei rapidamente o molinete e vi aparecer um armal de uns 30 cm.


Enfim após a partida dos pescadores, amarramos o barco nas galhadas submersas e iniciamos a pescaria. O Carlos ligou uma lanterna  numa bateria veicular, e iluminou a superfície d’agua. Segundo ele, isto atraia os peixes.

Logo que colocamos a pequena isca de peixe, obtivemos excelente batida, que continuava sem tempo nem para comentarmos o resultado.

Era colocar a isca, puxar, tirar rapidamente o peixe, iscar, puxar, tirar... até ficarmos exaustos, com as mãos toda cortadas, pois estes peixe possuem pré-opérculos fortemente serrilhados,.mas continuávamos a pescar.

Até que numa certa hora, o barco estava tão cheio, as caixas de isopor não comportavam a quantidade, e mal tínhamos onde pisar no barco resolvemos por encerrar a pescaria.

Já passava de meia-noite, quando chegamos ao hotel, acordei a minha esposa, peguei a minha maquina de filmar, mas como tinha pouca iluminação a imagem não ficou boa, veja no vídeo abaixo.

Esta foi a pescaria que mais pegamos os peixes!




domingo, 30 de junho de 2013

Meu pai pescador

Não me lembro muito a figura de pescador em meu pai. As únicas lembranças dele na pescaria foram na pesca de siri em São Vicente, na praia de Itararé, onde ele possuía um apartamento.

Ele adquiriu este apartamento no ano de 1949, e eu tinha 4 anos, e íamos frequentemente nos finais de semana, nos feriados e naturalmente nas férias.

Nosso apartamento ficava em frente a praia, de manhã abríamos a janela da varanda e conforme o tempo e o estado do mar, íamos pescar o siri carregando o puçá. Atravessando a rua, existia trilho de bonde, com dormentes à mostra, com seixos, onde o pai apanhava algumas pedrinhas para servir como um peso amarrados no fundo do puçá.


Invariavelmente, pegava bastante os siris, e como eles gostavam de degustar este crustáceo que a mãe fazia um excelente cozido.

A outra ocasião foi quando fomos a Ilha Bela, em São Sebastião, e quando descemos do barco no trapiche ele avistou um cardume de sardinhas nadando, e na primeira ocasião arrumou um puçá, não sei de onde e foi ao trapiche.

Instantes após voltou correndo carregando o puçá, mostrando ofegante, um enorme polvo.

Dizia ele que como de costume, tentava pegar alguns siris e qual não foi a surpresa, sentiu um enorme peso e quando puxou deparou com um enorme molusco.

Pena que não aproveitamos para comermos, pois ninguém sabia preparar e quando cozinhou ficou igual a uma borracha.  

terça-feira, 18 de junho de 2013

    Aviãozinho de papel

   Estava eu outro dia, na sala assistindo televisão, quando entrou pela janela um objeto voando e pousou bem ao meu lado.
  Era um aviãozinho de papel que alguma criança lançou do andar superior do nosso edifício.
  Era um aviãozinho de dobradura simples, que faz voos em círculos.



  Me lembrei do tempo da infância, em que fazia vários modelos de aviõezinhos dobrados invariavelmente nas folhas arrancadas do caderno escolar.
  Disputávamos eu e meus primos nas criações de novos modelos, cada um com as características próprias de voo, ora reta, ora circular, ora subindo e descendo, etc.
  Me lembrei de um que aprendi fazer com 7 ou 8 nos, um mais elaborado com varias dobraduras, tentei e consegui reproduzi-lo. (após 60 anos!)
 
  
   Nota-se que existe até os trens de pouso e estabilizador vertical!


quarta-feira, 27 de março de 2013

        O Meu Primeiro Peixe Grande


A minha iniciação em pescaria começou por volta de 12 anos. Tínhamos mudado de uma megalópole que é São Paulo, para um sítio próximo a Belém, capital do estado do Pará.
          Foi um tremendo choque para quem morava num apartamento, encontrar um lugar amplo, cercado pelas matas. A nossa casa ficava isolada no mínimo uns 2 km dos vizinhos. Foi lá que passei os melhores momentos da minha infância.
          Próxima a casa corria um lindo igarapé de águas cristalinas, onde se avistava vários peixes nadando tranquilamente.
          Logo me iniciei na pescaria levado pelo primo mais velho, que arrumou o material de pescaria que consistia numa vara fina de graveto, uma linha de costura, um chumbinho da carga de espingarda previamente furado, e um anzol chapinha.
          Sobre o igarapé havia um grosso tronco caído e sobre o qual, passamos intermináveis momentos de alegria.
          Fui aprendendo os nomes dos peixes: Acará, Traíra, Jacundá, Piaba, Jejú, Ueua...
O nosso material rudimentar, muitas vezes não agüentava o tranco dos peixes maiores, a linha se rompia, a vara quebrava, e os peixes como traíra com boca mais dura, o anzol não conseguia fisgar.
          Um dia, estava sozinho no lugar favorito, com a isca dentro d’agua, quando de repente vi correr uma sombra escura num ataque violento sobre a isca. Assustado puxei a minha vara, mas vi o anzolzinho escapar facilmente da boca do imenso traíra, que sumiu rapidamente , como tinha aparecido, levando ainda a isca.
         Fiquei tremulo por um instante, com a imagem do peixão cravada na memória.
         Chegando em casa, fiquei pensando na maneira de pegar aquele peixe. Primeiro tinha que trocar aquele anzol raquítico, por um mais robusto que aguentasse o tranco daquele peixe. Revirei as coisas do meu primo, para ver se achava, mas só encontrei os de chapinha.
         Imaginei fabricar um anzol, e achei um arame de bom calibre. Cortei num tamanho adequado, fiz a ponta com um lima, peguei a bigorna de sapateiro do um tio e amassei a ponta e fiz a fisga.
         Depois fiz a curva e o local para prender a linha, achatando com o martelo, fazendo uma chapinha.
         Pronto estava pronto o anzol! Fui correndo mostrar para os meus primos.
         - Mas o que vai pegar com esta coisa medonha? E caíram na gargalhada.
         Peguei o meu material de pesca e fui para o meu cantinho de pesca preferido. Coloquei um pedaço de carne, e joguei na água.
         Após umas batidinhas na água, senti um tranco, dei um puxão e fisguei
         A minha vara ficou envergada, puxei com cuidado e consegui trazer um
traíra de uns três quilos!

         Meus primos ficaram boquiabertos ao verem o meu troféu.    

sábado, 23 de março de 2013

Baiacu

     Cozinheiros precisam de licença para preparar peixe venenoso no Japão.
   Um dos peixes mais perigosos do mundo é usado na culinária do Japão.
   O Fugu é saboroso, mas pode matar se não for preparado com cuidado.
  O Fugu, conhecido no Brasil como Baiacu, é um dos peixes mais venenosos do mundo. Em alguns períodos da história do Japão, o prato foi proibido e até o hoje é o único que imperador japonês não pode provar, para sua própria segurança.
  Para experimentar uma iguaria tão perigosa, é melhor evitar riscos.
  O chef Suzuki tem 20 anos de experiência com Fugu.
  Os clientes costumam sair do restaurante satisfeitos e, mais importante, vivos.
  O ingrediente do não poderia ser mais fresco.
  O chef pega um dos peixes no aquário e mostra uma das habilidades do baiacu: ele infla e aumenta de tamanho quando se sente ameaçado.
  Para evitar acidentes, somente cozinheiros que receberam licença do governo japonês podem preparar o Fugu.
  Eles passam por uma prova, depois de até 10 anos de treinamento. É preciso ter habilidade para tirar o fígado do peixe sem contaminar a carne. É nesse órgão que se concentra a tetrodoxina, um veneno que ataca o sistema nervoso central dos predadores do Fugu e, para o qual, não há antídoto.
  Há tanto veneno no fígado que o chefe é proibido por lei de jogá-lo no lixo comum.
  Depois de retirá-lo, o chefe guarda o fígado em uma lata fechada com cadeado. Uma vez por dia, uma empresa especializada recolhe os fígados retirados pelo chefe e os leva para um incinerador. É para evitar a contaminação pelo veneno.  
  O chefe diz que também é preciso conhecer cada tipo de Fugu. Em uma das espécies, por exemplo, dá para comer a pele.
  Em outras, ela também tem veneno. Se alguém comer por engano, acaba contaminado.
  Com o fígado retirado, a carne é lavada e o chefe começa a preparar um jantar completo, com quatro pratos. De entrada, uma espécie de salada, com tirinhas de Fugu. Depois, um sashimi, cortado bem fininho.
  O peixe é versátil. Dá para fazer churrasquinho e também cozido. Ao experimentar o Fugu pela primeira vez, a adrenalina no corpo aumenta.
  Dá nervoso saber que está comendo algo potencialmente mortal, o que acaba dando um toque especial e exótico ao peixe.  
  O chefe explica que os japoneses gostam do peixe por seu sabor suave e delicado e nem se preocupam com o veneno, porque sabem que, nos restaurantes, o risco praticamente não existe.       
  Apesar disso, 21 pessoas foram intoxicadas e uma morreu no ano passado no Japão por tentar preparar o peixe por conta própria. Portanto, apesar de o Fugu ser uma delícia, é melhor não tentar repetir a receita em casa.


 









sexta-feira, 22 de março de 2013

  Baiacu

  Muitas vezes quando estamos pescando, esperando pescar um robalo, pescada amarela, corvina, mero ou outros bons peixes, deparamos com este ladrão de iscas, e que quando fisgado pode cortar fácilmente o empate e até o anzol.
   É o baiacu (Tetrodontidae) , este peixe dotado de quatro poderosos dentes, e consegue inchar o ventre quando fisgado e fora de água, encontramos frequentemente na psca em Salinas.
   Este baiacu de Salinas é do tipo Mirim, com dorso com manchas escuras. Não conhecemos ninguém que tenha tantado comé-lo. 

   
    Nas regiões nordeste e sudeste do país, encontramos outro tipo de baiacú, é o baiacu arara
          o Baiacu Arara (Lagocephalus laevigatus), tem como cor predominante verde no dorso, barriga branca e laterais amareladas, e é consumida nestas cidades. O peixe em si não é venenoso, porém na hora de limpá-lo devemos guardar os devidos cuidados para não romper a vesícula(tipo uma bolsinha com líquido verde) que tem a toxina, tetrodoxina, um veneno que ataca o sistema nervoso central dos predadores do Fugu e, para o qual, não
há antídoto.


  
    
   
  

domingo, 17 de março de 2013

Por que pescar?


Por que pescar? Muita gente que nunca pescou faz frequentemente esta pergunta
- Eu nunca teria paciência para ficar esperando o peixe morder a isca. dizia uma pessoa.
- É mais fácil comprar peixe no mercado, do que ficar horas à espera de um! comentava o outro.
- Vocês sabem o que é ser feliz? Eu retrucava sempre que ouvia tais comentários. Vocês repararam que nas fotos dos pescadores com seus troféus, os rostos estão estampadas de fisionomias de verdadeiras felicidades, com aqueles sorrisos abertos, de plena satisfação e objetivos alcançados.
Tudo é prazer numa pescaria, desde os dias que antecedem nos preparativos dos roteiros, organizar a turma, preparo das tralhas, dos lanches e naturalmente daquela lourinha geladíssima acompanhado de um bom tira-gosto.
Mas aqui o mais importante é a amizade e companheirismo, e a vontade de cada vez conhecer novos lugares, e conseguir exercitar as nossas minhoquinhas (iscas).
Mas dizer que numa pescaria é só maravilha não é verdade, existe o outro lado, dos bastidores.
Começamos pescando na beira dos rios, das praias, mas pegávamos poucos peixes, e nestas ocasiões avistávamos os barcos dos pescadores apoitados mais adiantes, conseguindo recolher quantidades expressivas de pescados.
Resolvemos adquirir eu e meu amigo, um barco de alumínio de 5 metros com motor de popa.
Mudamos assim de pescadores estáticos de beira, para irmos buscar onde o peixe se encontrava, abrindo infinitamente a possibilidade de uma boa pescaria.
Entretanto aumentaram também os trabalhos para realiza-las. Como pescávamos mais na água salgada, após as pescarias era obrigatória uma boa limpeza nas tralhas de pescarias:lavar os anzóis, molinetes e carretilhas, o barco e principalmente o motor de popa e lubrificar.
Às vezes, devido ao cansaço ou preguiça, deixávamos de realizar estas tarefas, e as consequências eram: enferrujamento dos anzóis, dos molinetes e carretilhas, mau cheiro no barco com a deterioração dos restos das iscas, travamento do motor, e até de não conseguir remove-lo do barco, devido à oxidação dos parafusos de fixação.
Ainda existe trabalho para tirar e colocar o barco da carretinha, carregar e colocar ou tirar da água. Muitas vezes, tivemos que carregar dentro das beiradas lamacentas enterrados até os joelhos.
Uma vez, fomos pescar em Salinas, e para atingir o ponto de pescaria, navegamos por canais em que eram possíveis com a maré cheia.
Na volta já com o barco cheio de peixes, chegamos a tal canal, e por surpresa observamos que a maré tinha abaixado e não permitia a passagem.
Observando o relógio, verificamos que daí a instante já começaria e escurecer, decidimos eu e meu companheiro esvaziar o barco de todas as tralhas e peixes, remover o motor de popa, e ir arrastando até o ponto que fosse possível navegar. Não foi tarefa fácil, e quando já estava escurecendo finalmente colocamos o barco na água.
Mas pior mesmo era quando chegávamos sem nenhum peixe. Tinha um gaiato que gritava quando passávamos na frente à casa dele:
- Cadê o peixe pescador? E tínhamos que seguir calados.
Numa dessas pescarias sem resultados, quando estávamos preparando para voltar, avistamos canoa de pescador chegando com os peixes pegos no curral. Chamamo-los, e vimos que tinha vários camurins grandes, e compramos.
Quando chegamos à porta do gozador, antes que ele proferisse uma palavra, mostramos orgulhosos nossos enormes troféus.
E para concluir, voltamos a perguntar:
- Então por que você vai pescar?
Eu diria: - É como se fosse um vício, desde que você aprende e consegue pegar um bom peixe, ficar na expectativa da batida, a emoção de uma forte puxada, imaginar que tipo de peixe tinha fisgado, a briga para recolher, a preocupação em soltar do anzol, até a hora final daquele grito triunfal e tê-lo em suas mãos!